7 dicas para prevenção de infecção no centro cirúrgico

Os avanços na medicina veterinária, em termos de conhecimento e técnicas para a realização de procedimentos operatórios, aumentaram significativamente nas últimas décadas. Diante dessa realidade, muitas patologias antes consideradas incuráveis passaram a ter um prognóstico muito melhor para os pacientes animais. Portanto, é fundamental conhecer algumas dicas para evitar contaminação em centros cirúrgicos e ambulatórios veterinários.

Marcio Mota. Foto: Arquivo pessoal

Um descuido ou uma infecção oportunista podem comprometer um trabalho cirúrgico perfeito realizado por veterinários e suas equipes, colocando em risco a saúde do paciente animal. Confira as orientações a seguir para prevenir esse cenário.

1. Técnica de escovação das mãos na medicina veterinária: O primeiro passo para evitar contaminação em centros cirúrgicos e ambulatórios veterinários é realizar a técnica adequada de escovação das mãos. Utilize soluções antissépticas com detergentes, como PVPI, clorexidina, ou substâncias alternativas para evitar alergias. Mantenha mãos e antebraços úmidos durante a escovação, com atenção especial para áreas entre os dedos, cutículas e debaixo das unhas. A escovação dos antebraços e cotovelos também é crucial.
2. Vestimentas adequadas para veterinários: O uso de vestimentas adequadas é essencial para evitar contaminação em centros cirúrgicos veterinários. Pijamas cirúrgicos, máscaras, luvas estéreis e óculos de proteção, se necessário, devem ser utilizados. O auxílio de outro profissional na colocação das vestimentas, especialmente em áreas potencialmente infectadas, é recomendado.
3. Minimize o tráfego de pessoas na cirurgia veterinária: Reduza o número de pessoas no centro cirúrgico veterinário, permitindo apenas a presença da equipe técnica necessária. Evite a presença de pessoas externas, como internos de medicina veterinária com pouca experiência, para garantir a segurança do procedimento.
4. Preparo adequado do ambiente veterinário: A preparação do ambiente é crucial para a segurança do paciente animal e a eficácia do trabalho da equipe veterinária. Observe detalhes como temperatura, iluminação e posicionamento do foco. A colocação adequada do campo estéril também é fundamental para o bom andamento do procedimento.
5. Comunicação constante na equipe veterinária: O entrosamento entre o veterinário e a equipe técnica é essencial. Momentos de comunicação antes do procedimento permitem discutir aspectos como equipamentos, duração, expectativas e objetivos, garantindo uma atuação coordenada durante a cirurgia veterinária.
6. Manter o foco até o final do procedimento veterinário: O esforço para manter o foco até o final do procedimento é crucial. Mesmo após longas horas no centro cirúrgico veterinário, é necessário evitar relaxamentos que possam comprometer a segurança, especialmente durante a sutura.
7. Comunicar quebras de protocolo veterinário: Caso ocorra algum erro ou imprevisto que resulte em contaminação no centro cirúrgico veterinário, é vital comunicar prontamente o hospital e seus responsáveis. Isso permite a adoção de medidas adequadas para manter a segurança dos pacientes animais e da equipe veterinária.

Essas são algumas das principais dicas para evitar a contaminação não apenas em centros cirúrgicos veterinários, mas também em ambulatórios e outros locais onde são realizados pequenos procedimentos veterinários. Compartilhe essas informações para promover a segurança na prática da medicina veterinária.

Por Marcio Mota, médico veterinário, consultor regulatório e técnico para veterinária de pequenos animais e idealizador da LegalVet