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De tempo a dinheiro: o que levar em conta ao adotar um animal

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Rosemari Lamberti, da ONG Arca de Noé: “Buscamos fazer a pessoa refletir para que ela não adote por impulso”

A adoção de animais de estimação é um ato de amor e generosidade que não apenas enriquece a vida do tutor, mas também salva a vida de um animal que, de outra forma, poderia enfrentar um destino incerto e traumático. No entanto, tão importante quanto o ato de adotar é garantir que essa adoção seja feita de forma responsável e que o bem-estar do animal seja priorizado em todos os momentos.

Para isso, é importante lembrar que uma adoção responsável vai além de simplesmente trazer um animal para casa. Rosemari Lamberti, tesoureira e Coordenadora de Projetos da ONG Arca de Noé, de Marechal Cândido Rondon, PR, explica que é preciso considerar diversos aspectos antes, durante e após o processo de adoção. “Nós levamos muito a sério a questão da posse e adoção responsável. Primeiramente é feita uma entrevista em que pedimos como é o espaço onde a pessoa vive, como é a rotina da família, se há crianças ou não”, menciona.

Ela explica que antes de adotar um animal de estimação, é crucial realizar uma avaliação honesta das próprias circunstâncias e estilo de vida. “Outro aspecto importante a ser levado em consideração é a situação financeira de quem irá adotar, pois imprevistos podem acontecer, como o animal adoecer, por exemplo. Deve-se levar em conta também se o animalzinho é peludo e precisa de manutenção constante em pet shop, portanto a pessoa precisa estar consciente das despesas” complementa Rosemari.

A coordenadora de projetos da ONG reforça que rotina da família precisa ser levada em conta para que o pet não fique sozinho, evitando seu sofrimento. “Muitas vezes preferimos deixar de doar, caso a pessoa não disponibilize de tempo para dar atenção e manter os cuidados necessários. Por isso ressalto que os cuidados vão muito além de dar água e ração. Ele precisa ter amor, carinho e atenção”, salienta.

Escolha consciente

Nem todos os cachorros ou gatos são adequados para todas as famílias, e é importante considerar fatores como idade, tamanho, nível de energia e temperamento do animal. Ao selecionar um animal para adoção, é fundamental escolher um que se adeque ao ambiente e estilo de vida da família. Rosemari observa que outros fatores devem ser analisados previamente. “Importante lembrar que os filhotes, até um ano de vida, dão um pouco mais de trabalho, são como crianças, têm energia, curiosidade, querem atenção”, frisa.

“Se a família tem três ou quatro filhos, crianças pequenas, geralmente o último a ser olhado é o animal, então é uma situação mais delicada”, acrescenta a voluntária da Arca de Noé. De acordo com Lamberti, a equipe da ONG procura promover a reflexão por parte de quem pretende adorar um animal de estimação. “Buscamos fazer a pessoa refletir para que ela não adote por impulso. Ainda assim, acontece de se adotar um animal e alguns dias depois devolve-lo”, conta.

“Isso faz com que ele sofra e tenha traumas, algumas vezes até são recolhidos de situação de maus tratos. Por isso, o animal precisa que a pessoa tenha paciência”, complementa. “Além disso, é feito um termo de responsabilidade, com todos os dados do animal e do tutor. Hoje, os animais da ONG Arca de Noé são microchipados, portanto têm uma identificação” comenta Rosimari, afirmando que essa ação tem sido positiva.

Sobre o procedimento pós adoção, ela destaca que o tutor assina um termo de responsabilidade no momento da adoção e que algumas precauções são tomadas. “Ligamos, pedimos vídeos e notícias, fazemos um acompanhamento. Quando um filhote é adotado, entramos em contato com os tutores quando se aproxima o período da castração, para garantir que o procedimento seja feito”, diz. Já os animais mais velhos são castrados antes da adoção.

Compromisso vitalício

Ela reforça que adotar um bichinho de estimação envolve um compromisso a longo prazo de cuidar, nutrir e proporcionar um ambiente seguro e amoroso para o animal. Rosemari Lamberti lembra que os animais não devem ser tratados como objetos que podem ser descartados quando se tornam inconvenientes. Antes de adotar, é essencial estar preparado para assumir a responsabilidade pelo bem-estar do animal por toda a sua vida. “É preciso consciência. É preciso lembrar que são seres vivos que têm emoções e que vão chegar na idade da velhice. Eles têm necessidades e são dependentes do ser humano. Ao chegar nessa etapa final da vida ele precisa de todo amor e apoio da família”, sublinha.

Cuidados adequados

Proporcionar cuidados próprios ao animal é uma parte essencial da adoção responsável. Isso inclui alimentação balanceada e nutritiva, visitas regulares ao veterinário para check-ups e vacinações, exercício diário e estímulo mental, manutenção da higiene e limpeza do ambiente do animal.

A adoção responsável de animais de companhia é uma demonstração de compaixão e compromisso com o bem-estar animal. Ao adotar um pet, os indivíduos não apenas enriquecem suas próprias vidas, mas também oferecem uma segunda chance a um animal que merece amor e cuidado.

Ao seguir os princípios da adoção responsável é possível criar laços duradouros e gratificantes com os animais de estimação, garantindo que eles vivam vidas felizes e saudáveis ao lado de seus tutores.

 

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Fonte: O Presente Pet

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